quarta-feira, 10 de março de 2010

JORNAL DE MARÇO

MAIS UM JORNAL,

ESPERO QUE CURTEM BASTANTE

Quaresma: jejum, penitencia e oração


Estamos vivendo o tempo da Quaresma, momento de rever a vida e abandonar o pecado, deixar o homem velho para trás e tomar um novo rumo. Enfim viver o que Jesus recomendou: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca”.
Para viver intensamente a quaresma a Igreja nos propõe três obras: a esmola, o jejum e a oração. Tudo isso feito sem alarde para ser algo gratuito; feito para agradar a Deus e não aos homens.
A esmola nos obriga a avaliar os nossos relacionamentos com os outros. Podemos usar das nossas capacidades e dos nossos recursos materiais e espirituais para construir fraternidade, como também para explorar, enganar, buscar somente o nosso lucro e interesse. Nesse caso fica claro que a “esmola” deve ser entendida como uma verdadeira generosidade, uma atenção aos irmãos pobres e sofredores. Sem esse olhar carinhoso e sem essa sensibilidade a nossa vida ficará presa em nós mesmos e em nosso egoísmo.
O jejum não tem nada ver com os regimes tão badalados. Ele diz a respeito de nós, da honestidade com a nossa pessoa. É renúncia mesmo; é escolha do que consideramos mais importante na nossa vida deixando de lado o que nos prende e condiciona, sufocando a nossa liberdade de fazer o bem. Para sermos livres precisamos poder escolher, mas não qualquer coisa e de qualquer jeito. Liberdade verdadeira é saber escolher o bem conscientemente e fadigosamente. Se não sabemos dar um basta a certas situações elas exigirão cada vez mais de nós, e ficaremos cada vez mais “dependentes” delas em lugar de ficarmos mais livres e felizes.
Por fim, a oração. Ela diz a respeito do nosso relacionamento com Deus. Afinal quem é Ele para nós? O que representa na nossa vida? Se tivermos medo dele, cumpriremos obrigações e faremos esforços para agradá-lo e conseguir favores. Um Deus “inimigo”, imprevisível e caprichoso, que compete com o homem, não é o Deus de Jesus Cristo. Ao contrario é o Deus-amor que prefere morrer a matar os seus perseguidores. Um Deus que não se defende, porque se entrega até o fim. A oração nos pede mais que palavras, mais que louvores cantados ou gritados, nos pede o silêncio da interiorização, o silêncio do quarto – também da igreja e da liturgia - onde nos colocamos com a nossa pobreza na frente daquele que é o Senhor da vida, porque, com a sua Páscoa venceu, uma vez por todas, a morte.
Que todos possamos viver intensamente este tempo de quaresma, nos preparando para a grande celebração da Ressurreição de Jesus.
(Alini R. Mantovani)

Programa Nacional de Direitos Humanos, aprovado pelo governo


O Partido dos Trabalhadores, em seu Congresso realizado de 18 a 20 de fevereiro neste ano, aprovou lamentavelmente o Programa Nacional de Direitos Humanos do governo, editado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2009, por Decreto. Os delegados do PT entenderam que o partido deve manifestar "apoio incondicional ao programa" por considerar que ele é "fruto de intenso processo de participação social".
O Programa, além de propor uma lei de censura à imprensa e propor a instituição de uma Comissão da Verdade que investigaria crimes cometidos pelos militares durante a ditadura militar, apóia pontos controversos, como a descriminalização do aborto, a legalização do “casamento” gay e a retirada de símbolos religiosos de repartições públicas.
O Plano de Direitos Humanos do Governo, que quase nada tem de direitos humanos, é criticado fortemente pelos militares, pela Igreja Católica, pelos setores do agronegócio, pela Imprensa, pelos Magistrados e outros segmentos da sociedade. A Igreja repudia a descriminalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e com adoção de crianças, a retirada dos símbolos religiosos de locais públicos, a revisão da lei da Anistia, a restrição à liberdade de Imprensa.
Este programa foi um severo ataque à democracia. Mas o problema está especialmente nos pontos que promovem severos ataques à família e aos próprios direitos humanos. Há quem pense que a legalização do casamento gay seria uma lei simples, que promoveria somente a opção sexual dos homossexuais. O problema é que esse projeto mexe em toda uma mentalidade, destrói toda uma cultura cristã formada em nossa sociedade, corrompe as bases da família, além de exigir um novo método de educação sexual em nossas escolas. Em suma, é uma grande afronta à instituição familiar, tal qual a vemos hoje. Destacamos aqui também a irracionalidade dos que desejam retirar símbolos religiosos de lugares públicos. Podemos, por acaso, ignorar as raízes cristãs da história do nosso país?
A pior notícia desse Programa, no entanto, é a proposta de descriminalização do aborto. E o projeto do governo Lula ainda intitula-o de “Direitos Humanos”. Direitos? Mas que direitos? A mulher tem direito de matar o seu próprio filho? A mulher pode exercer a sua liberdade desrespeitando o direito de outrem? Definitivamente não dá para ser conivente com proposta tão absurda, cruel e desumana.
“A Igreja enfoca o contexto dos direitos humanos na lei natural e na lei positiva, que correspondem aos Mandamentos da Lei de Deus (amar a Deus, amar e servir o próximo). A lei natural defende e promove a vida. A Lei de Deus confirma a lei natural. A lei natural e a lei positiva enfocam a dignidade dos seres humanos, imagem da semelhança de Deus, Criador e Pai. Humanistas e cristãos ativistas da defesa e promoção dos Direitos Humanos alimentam a sua mística na fé e na razão. Não em ideologias!” (Dom Aldo Pagotto – Arcebispo da Paraíba)
Em ano de eleição tudo deve ser levado em conta a escolher seu candidato, não podemos votar em alguém que pretende acabar com qualquer semente cristã na sociedade. Pense bem! Será que posso ser cristão, católico e ajudar a promover leis que vão contra a Igreja, ou melhor, contra a vida, a família, pois se votamos nestes candidatos e nos seus partidos estamos apoiando suas leis. Avalie bem desde já.
(Alini R. Mantovani)

SÃO JOSÉ

Tudo o que sabemos a respeito de São José vem das Escrituras. Por ser homem justo foi escolhido por Deus para guardar a virgindade Maria com quem se casou aos 30 anos . Era carpinteiro, trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55).
Apesar de seu humilde trabalho e suas condições simples, José era de linhagem real. Lucas e Mateus citam sua descendência de Davi, o maior rei de Israel ( Mt 1, 1-16 e Lc 3, 23-38 ). Realmente, o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como “filho de Davi,” um título real usado também para Jesus.
José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando soube que Maria estava grávida, ainda não tendo com ela de casado. sabendo que a criança não era dele, pois respeitava sua noiva, planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e sofrimento dela e do bebê.
José sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte. Então, ele decidiu deixá-la silenciosamente para não expor Maria a vergonha ou crueldade ( Mt 1,19-25 ).
José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa. José respeitava e temia a Deus. Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador. Cita o Evangelho de Lucas que, tendo se completado o tempo para Jesus nascer , surgiu um decreto que todos deveriam se recensear na cidade de origem. Sendo José da casa de Davi, foi com Maria para Belém, nascendo lá o Salvador. Quando o anjo de Deus reapareceu para lhe dizer que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e fugiu para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que era seguro retornar ( Mt 2, 13-23 ).
José não era rico: quando levou Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria para ser purificada, ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, o que era permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro ( Lc 2, 24).
José amava Jesus. Sua única preocupação era a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus, mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. Quando Jesus ficou no Templo, José, junto com Maria, procurou por Ele com grande ansiedade, por três dias ( Lc 2, 48 ).
José tratava a Jesus como seu próprio filho, tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, “Não é este o filho de José?” ( Lc 4, 22 )
Pelo fato das Escrituras não citarem José nos fatos da vida pública de Jesus, em sua morte e ressurreição, muitos historiadores acreditam que provavelmente deve ter morrido antes que Jesus iniciasse seu sacerdócio.
São José teve a mais bela morte, pois morreu com Jesus e Maria ao seu lado, maneira como todos nós gostaríamos de partir desta terra. Por isso José é o protetor da boa morte. José é também o patrono universal da Igreja, dos pais, dos carpinteiros , do trabalho e da justiça social.

Dia da oração


No dia 02 de março celebramos o Dia da Oração. Afinal o que é oração ?
A oração nada mais é do que uma conversa com Deus, é o nosso momento de pedir, d e agradecer, desabafar, enfim, é o nosso momento com o Pai.
Qual a importância da Oração?
A oração é o escudo e a arma do cristão, sem a oração, o cristão não teria equilíbrio, pois é ela que nos fortalece e nos faz perseverar no caminho de Deus.
Na bíblia, encontramos algumas passagens onde o próprio Cristo se retirava do meio da multidão para se afastar e rezar para poder se fortalecer e atender o povo que estava como ovelha sem pastor, além disso, nos ensina a oração essencial do cristão, a do Pai-nosso(Mt 5, 9-13).
Sendo assim, a oração serve para alimentar a nossa alma, nossas esperanças em um mundo melhor para todos, tendo certeza que Deus sempre ouve nossas orações.
Levando em consideração esse dia, podemos comparar com o carnaval (festa da carne), onde pulamos e nos alegramos sem cessar, então no Dia da Oração podemos propor um dia inteiro de oração, mas não só neste dia e sim conversar a cada momento com o Deus que é onipresente.
Rezem bastante e tenham um ótimo Dia da Oração!!!
(Moacir Ferreira Filho)

Ganancia x Vida


Um dos temas mais comentados na atualidade é o Aquecimento global, que pode em poucos anos por a terra toda em risco, acabando com a vida humana.
Pois bem, no outro lado temos a ganância humana que é capaz de destruir qualquer floresta, desviar qualquer rios, poluir qualquer ambiente para ganhar dinheiro, e uma das principais causas do aquecimento global, é a poluição e a falta de árvores que podem filtra o ar que respiramos.
Será que vale a pena acabar com a criação divina só para ganhar dinheiro?
Não podemos colocar a culpa apenas nos governantes, pois nós também aproveitamos desta terra, e nós é que devemos tomar as primeiras iniciativas para reverter esta situação, pois enquanto os lideres mundiais se reuniram por alguns dias para achar uma solução e não acharam, nós ficamos esperando.
Esta sendo visto no mundo inteiro que a natureza é implacável, é forte, não tem sentimentos, e destrói tudo pela frente, temos como exemplo o Haiti e as chuvas que não deram tréguas neste verão.
Quando acontece alguma tragédia deste tipo, nós achamos que a culpa é de Deus, e acaba perdendo a fé, mas se esquece que antes estava jogando um lixo na rua que pode ter entupido o bueiro e causou a enchente.
Muitos procuram várias soluções, até que a algum tempo atrás vários biólogos se reuniram e fizeram um ótimo projeto para amenizar essa situação do Aquecimento global, porém , no fim das contas, desistiram de o fazer pois um projeto que iria ajudar o mundo inteiro, iria custar bilhões de dólares, então se não existisse o dinheiro, o mundo estaria salvo, e isso também se encaixa na Campanha da Fraternidade deste ano.
Até onde a Ganância humana vai passar a frente das necessidades do mundo? Que mundo queremos deixar para as próximas gerações? Se cada um tomar uma medida simples, isso pode mudar e salvar o mundo todo.
“Pai perdoa, não sabemos o que estamos fazendo”
(Moacir Ferreira Filho)

Padre Paulo Ricardo opina sobre a relação familiar

Que a sociedade está em crise, ninguém duvida. Difícil mesmo é descobrirmos o caminho de saída da crise. Parece que estamos mais preparados para lidar com as guerras do que com as crises. Guerra é quando não queremos ouvir o inimigo. A saída é negociar, sentar para ouvir. Mas e a crise? Crise é quando não queremos falar ao amigo. O amigo bate à minha porta e esbarra num silêncio ensurdecedor. A sociedade procura os seus dirigentes e recebe em troca o silêncio dos discursos vazios.
É triste perceber que as famílias também estão em crise. É sinal de que alguém precisa dizer algo, romper o silêncio, combater a crise. É a figura do pai que, na maioria das vezes, deve chamar para si essa responsabilidade. O problema é que poucos homens estão dispostos a assumir esse papel.
Se existe guerra entre pai e filho, a mãe está sempre disposta a intermediar a relação. Ela tem grande disponibilidade afetiva e está quase sempre com os braços abertos, pronta para um gesto de compreensão e acolhimento.
Mas quando se trata de crise são o silêncio e a ausência de um pai que geram o problema. Mesmo nos lares em que não há um pai biológico alguém precisa assumir o papel paterno, preferentemente alguém do sexo masculino. Faz parte do desígnio de Deus que alguém assuma a realidade de pai.
O papel de pai é exigente porque a sua orientação, por mais afetuosa e pedagógica que seja, significa sempre um limite. Muitos se perguntam como impor limites que estimulem o respeito e o amor em família. Mas não basta começar a ditar regras. É importante compreender esse limite, que exige da figura paterna uma virtude fundamental: a magnanimidade. Sim, o pai tem de ter uma “alma grande”.
Um grande amigo meu e excelente educador uma vez me disse: “Não dê mais de uma ordem por mês nem explique muito”. O pai não deve se preocupar com pequenos defeitos, mas com os grandes. Você não deve encher a vida do seu filho de regrinhas, que desgastam sua autoridade e transformam a relação em mera cobrança.
Lembre-se: resolver uma crise é, antes de tudo, falar a um amigo. Mas como ter uma amizade com seu filho se não houver convívio? Quer um filho bom? Gaste tempo com ele. Quem não tem tempo para os filhos é porque tem priorizado outros assuntos em detrimento da família. A tendência dos filhos é seguir o mesmo caminho. Se o pai não se fizer presente e não impuser regras, a sociedade se incumbirá dessa tarefa - muitas vezes da pior forma possível.
Os pais modernos se vangloriam de serem cúmplices de seus filhos. Mas tal cumplicidade nem sempre é verdadeiro amor. A esse respeito o Papa Bento XVI nos dá um testemunho luminoso: “Recordo sempre com grande afeto a profunda bondade de meu pai e de minha mãe. É claro que para mim bondade significa também a capacidade de dizer ‘não’, porque uma bondade que deixa tudo correr às soltas não quer fazer o bem ao outro”.
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior é autor de “Um olhar que cura” (Editora Canção Nova) e consultor do Vaticano para assuntos de Catequese

Humor, o que é?

O Dicionário Larousse dá uma boa definição do humor: “Forma de espírito que se ocupa a denunciar sem acusar e com aparente impassividade os aspectos engraçados, insólitos ou absurdos da realidade que parece a mais normal possível”.
O humor, na verdade, é aquele refinamento que torna o homem mais agradável aos seus semelhantes e é uma excelente prevenção contra a angústia. Diante de uma situação difícil, temos duas opções: nos distanciar um pouco e rir, ou ficar presa a ela e nos angustiar. Há coisas bem sérias que devem ser tratadas como tais, mas muitas das que damos essa classificação não a merecem se as olhamos do alto.
A alma humana é imensa, por isso é tão fácil ao homem se enrolar nos problemas, por não conhecê-la tanto. O humor é um remédio contra isso, dá leveza à vida e faz apreciar as coisas de forma mais colorida; ajuda-nos a tomar certa distância dos problemas: de longe, as colinas não têm mais aparência de montanhas, então compreendemos o que verdadeiramente tem importância e o que não tem. É o Espírito quem nos ajuda a manter a distância adequada.
É importante dizer também que o cristão exclui o humor negro, se é muito pesado, porque para ele o mundo não tem nada de absurdo. Por está unido a Deus, permanece firme na esperança e sempre crê que tudo pode melhorar.
O humor é diferente da ironia, que ridiculariza e 'manga'; ao contrário, combina com a indulgência e a benevolência.
Na vida cristã, o humor está ligado ao discernimento e ao bom-senso. Por isso, é preciso pedi-lo a Deus e aprender a exercer o humor, antes de qualquer coisa, a respeito de si mesmo. O humor dá clareza ao olhar, o senso real da vida, coloca as coisas em seu devido lugar.
Na vida espiritual, o humor diante das coisas de Deus é um ponto considerável. Quantas vezes arquitetamos projetos que vêm desarranjados pela liberdade amorosa de Deus! O que fazer? Ou se aceita e se aprecia o cômico da situação, se tem senso de humor, e as coisas se tornam leves; ou pelo contrário, se cai na angústia, se perde a confiança e não se avança mais.
Certa vez alguém disse: “Você quer fazer o bom Deus rir? Fale a Ele dos seus projetos”. Se pede a Deus o senso de humor, Ele vai dar, e cada um o recebe na sua própria maneira e na sua própria medida.
(Comunidade Shalom)

O que realmente foi a Inquisição II

Continuando nosso estudo sobre a inquisição, vamos recordar que na edição passada foi explicado que a inquisição não nasceu na Igreja Católica e sim com os cristãos cátaros que devido o seu fanatismo religioso em apagar o pecado do mundo, começaram a matar todo aquele que fosse julgado pecador. Foi possível também perceber que na cultura da época era normal tal prática, nem a forca, nem a morte na fogueira nem a decapitação era algo que as pessoas condenavam, ao contrário, o povo aceitava e muitas vezes até desejavam a prática de tais atos. Aprendemos também que a Inquisição Católica surgiu em um contexto que muitas pessoas eram julgadas e condenadas à morte sem poder passar antes por um tribunal e dessa forma centenas de pessoas eram mortas sem poder ao menos se defender e com o surgimento do Tribunal da Santa Inquisição isso foi mudado pois concedia a pessoa o direito de poder se defender, e ao se arrepender do crime cometido, poderia alcançar o perdão e a única pena aplicada era a penitencia dada pelo sacerdote, isso constituiu um avanço enorme para a época; ao contrário do que muitos dizem, a Inquisição salvou muita gente de tal forma que as pessoas desejavam ser julgadas pela Inquisição como por exemplo os templários que apelaram para serem julgados pela Inquisição pois sabiam que se fossem julgados pelo tribunal civil seriam condenados a morte.
Depois dessa breve recordação vamos nos ater ao que realmente foi a inquisição, para tanto irei utilizar os dados do Simpósio Internacional sobre a Inquisição realizado em 1998 a mando do santo padre João Paulo II. O papa em questão queria pedir perdão pelos erros cometidos pelos filhos da Igreja, mas para pedir perdão era necessário saber o motivo real e o que realmente aconteceu na Inquisição, o Simpósio reuniu historiadores, teólogos e especialistas do mundo todo independente de seu credo ou religião, a conclusão que estes estudiosos chegaram foi de que há muitos erros e malícia contra a Igreja Católica no que diz respeito aos dados da inquisição, um dos maiores erros que cometem contra a Igreja é a afirmação mentirosa de que a Igreja mandou queimar milhares de mulheres acusadas de bruxaria na Espanha, isso além de ser uma grande mentira, é uma arma que os protestantes usam para condenar a Igreja Católica mesmo sem se informar se é uma verdade ou não. O fato é que houve realmente a condenação de mulheres acusadas de bruxaria, porém, os números de acusadas são bem diferentes dos apresentados nas universidades e escolas que não são compromissadas com a verdade. Para conhecermos os dados reais, vou relatar os dados do maior estudo realizado sobre o tema, o Simpósio L’INQUISIZIONE. Pois bem, o estudo apresenta que dos 125.000 processos julgados pela Inquisição espanhola, apenas 59 “bruxas” foram condenadas à morte. Na Itália foram 36 e em Portugal 4, oras, se somados estes dados, o número de condenações não chegam a 100, muito diferente do que erroneamente é pregado pelos adversários da Igreja. Por outro lado, a Inquisição protestante matou centenas de mulheres acusadas de bruxaria, o impressionante é que isso não é ensinado nas universidades!
Na Inquisição católica houve erros sim, e a Igreja não os esconde, ao contrário pede perdão por seus erros e admite que houve tempos em que a Igreja pressionada pelo estado perdeu um pouco a sua identidade, porém, como Jesus prometera, mesmo que as forças do inferno entrassem na Igreja, não prevaleceria contra ela (Mt 16,18s) e Cristo ainda prometeu à sua Igreja “eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20) houve erros sim, mas é injusto dizer que a Igreja foi o grande monstro da Idade média, ao contrário, a Igreja foi a grande salvadora de nossa cultura e de toda sociedade, principalmente aqui no ocidente, é o que afirma o grande historiador Daniel Rops em sua obra em 10 vol. Sobre a história da Igreja ganhador do maior premio da academia de letras da França.
Vale recordar que a Igreja não aplicava pena de morte, ela apenas dizia se uma pessoa era ou não herege e então o estado aplicava a pena. Muitos erros são cometidos e são encarados como verdade pelos inimigos da Igreja quando o assunto é a inquisição, os maiores são o caso de Galileu Galilei e do frei Católico Nicolau Copérnico. Muitas pessoas desinformadas, em especial nossos irmãos evangélicos protestantes, afirmam que a Igreja condenou à morte Galileu Galilei, isso não passa de uma mentira deslavada, Galileu nunca foi condenado pela Inquisição, ele era muito amigo do Papa, tinha livre acesso ao vaticano, e era muito católico e fiel à Igreja, morreu amparado por um sacerdote e recebendo todos os sacramentos. Os inimigos da Igreja, com a intenção de sujar a imagem dela dizem que Galileu foi condenado por defender o sistema heliocêntrico (teoria que defendia que era a terra que girava em torno do sol) o que não é verdade, a Igreja apenas proibiu que Galileu colocasse essa teoria (que para época não tinha base para ser comprovada) como verdade absoluta. O papa aceitava a teoria do heliocêntrismo desde que fosse colocada como hipótese e não como verdade absoluta. Os protestantes querem dar uma de santos e amigos da ciência, querem se dizer a favor de Galileu e acusam a Igreja de ter proibido Galileu de expor seus estudos, porém, na época de Galileu, nem mesmo os protestantes aceitavam a teoria do heliocêntrismo. O pastor Luterano Kohlreiff, de Ratzeburg, pregava dizendo que “a teoria do heliocêntrismo era uma abominável invenção do diabo”. Galileu acertou ao defender que a terra gira em torno do sol, mas errou ao tentar provar isso utilizando a sagrada escritura e por isso foi proibido de expor suas idéias.
Não é possível falar sobre a inquisição Católica e não falar da Inquisição protestante. Poucas pessoas sabem mas houve uma Inquisição por parte dos protestantes e o pior de tudo é que diferentemente da inquisição católica que era algo que surgiu para defender o cristianismo e a moral da época, a Inquisição protestantes foi fruto da maldade e cobiça dos pastores protestantes da época. A Inquisição protestante foi muito pior que a Católica pois surgiu com o intuito de perseguir e matar todos aqueles que discordassem das doutrinas pregadas pelos pastores evangélicos. Em seu livro: “Uma breve história do mundo” o Prof. da Universidade de Harvard e da Universidade de Melbourne, Dr. Geoffrey Blainey escreve que Martinho Lutero dizia: “Não vejo nenhuma razão para ser mais caridoso com os falsos irmãos do que com os inimigos de Roma (Igreja católica)” e dessa forma incitaram aos fiéis protestantes a matarem centenas de Católicos que rejeitavam a adesão ao protestantismo, o mesmo historiador relata que dezenas de padres foram mortos e queimados vivos.
Muitas atrocidades foram cometidas nas inquisições dos evangélicos protestantes, muitos pastores sabem disso mas preferem esconder essa mancha na história do protestantismo, ao contrário, nós católicos não temos medo do passado e encaramos os erros tendo a hombridade de pedir perdão pelos erros dos filhos da Igreja, isso foi o que fez nosso amado papa João Paulo II. Temos que amar nossa Santa Igreja, confiar na sua doutrina e acima de tudo temos que ser fiel ao papa grande homem e sucessor direto de são Pedro que guarda as chaves do céu (Mt 16,18-22).
(Clecio Francisco Gonçalves)

Juventude: busca pela felicidade!



Todas as pessoas, sem exceção, buscam a felicidade. Qualquer coisa que você faça ou deixe de fazer é por acreditar que assim você vai ser feliz. Creio, contudo, que na juventude o anseio pela felicidade palpita mais forte no interior do coração humano.
A fase da juventude é a mais difícil na vida de uma pessoa - já dizia um bispo. Na idade infantil, não nos preocupamos com nada, tudo fazem e decidem por nós; na idade adulta, geralmente, já estamos instalados, com a vocação definida, com o caminho escolhido e a juventude, no entanto, é a fase das decisões a serem tomadas, das respostas cobradas, dos sonhos a serem abraçados e da busca pelo sentido da vida por excelência.
Muitos caminhos são apresentados ao jovem e faz-se necessário compreender uma regra básica: nem tudo é bom, mas tudo se apresenta com cara de bom. Pois, já que todos querem ser felizes, se algo se apresentasse como ruim, para proporcionar infelicidade, ninguém nem daria atenção. Portanto é preciso saber fazer bem as escolhas.
A escolha mais radical, a única que responde aos anseios do coração do homem, a única via para a felicidade é a santidade. E santidade é fazer a vontade de Deus, que é a melhor para cada um de nós. Buscar a santidade não é não namorar, não casar, não brincar, não se divertir, não praticar esporte, etc, mas sim fazer de modo correto todas estas coisas. É ser sal e luz no mundo como exortou João Paulo II na Jornada Mundial da Juventude no Canadá. É ser o rosto de Cristo no lugar onde convivemos no nosso dia-a-dia.
Em última análise, a busca pela felicidade é a busca por Deus (a felicidade plena).
Nesse sentido, João Paulo II já disse que "pecado é procurar a Deus onde Ele não se encontra". Ou seja, todas as vezes que um jovem procura as drogas, uma sexualidade desregrada, etc, ele está procurando a felicidade plena, na verdade, de maneira incorreta, está procurando a Deus, pois só Ele pode preencher o coração humano daquilo que ele necessita.
Já que descobrimos que a nossa fome e sede são de Deus e que n Ele somos plenamente felizes e realizados, paremos de buscá-lo onde Ele não se encontra e O busquemos n Ele mesmo, na Eucaristia, na Palavra de Deus, na Igreja, por meio da oração e da convivência sadia com os irmãos, sabendo também que Ele quer mais se revelar a nós do que nós a Ele.
(Maurício Rebouças – Site Canção Nova)

dizímo

Nada cresce de repente, tudo tem seu tempo. Assim, podemos pensar sobre o dizimo. Alguns querem um dizimo fácil, de resultados imediatos e sem trabalho algum. Outros pensam que algumas palavras já são suficientes para que o povo acredite na experiência do dizimo e que logo contribua. Muitos ainda alimentam uma idéia mágica de que é possível, com poucas palavras, construir grandes resultados e demover mentes abastecidas de si mesmas. Certamente, estão equivocados. O dizimo deve ser mastigado aos poucos e, com o tempo, amadurecer.
O dizimo exige tempo de amadurecimento!
Algumas frases para ajudar na reflexão.
"O dízimo é sempre uma oportunidade de conversão. Fruto de uma experiência amadurecida com Deus".
"Pra ser dizimista, é preciso acreditar na Palavra, e não apenas ter fé em Deus".
"Dizimo não é simplesmente uma questão de fé, mas de experiência".
"Dízimo é como mãos que se abrem para receber a graça".
(Paulo e Kelly – equipe do dízimo da Paróquia N. Sra. da Paz)

Dia Internacional da Mulher



No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

CANTO E MÚSICA NA LITURGIA


"O Apóstolo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (CI 3,16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (At 2, 46). Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da missa, tendo em
vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica" (IGMR 39-40).
Conforme orientação do Concilio Vaticano II, a música apropriada à liturgia é aquela que está mais intimamente integrada à ação litúrgica e ao momento ritual ao qual ela se destina (SC 112).
A música litúrgica expressa o mistério de Cristo e a sacramentalidade da Igreja. O gesto sacramental de cantar "a uma só voz" pressupõe a participação ativa, interior, consciente, frutuosa, plena de todo o povo sacerdotal congregado no Espírito Santo, durante a ação litúrgica.
1. Critérios para a criação e escolha do repertório litúrgico
A criação de um repertório bíblico-litúrgico pressupõe o cumprimento de alguns critérios básicos, a saber:
a) textos dos cantos sejam tirados da Sagrada Escritura ou inspirados nela e das fontes litúrgicas (SC 121); sejam poéticos, evitando explicitações desnecessárias, moralismos, intimismos, chavões;
b) as melodias sejam acessíveis à grande maioria da assembléia, porém, belas e inspiradas;
c) sejam evitados melodias e textos adaptados de canções populares, trilhas sonoras de filmes e de novelas;
d) seja levado em conta o tipo de celebração o momento ritual em que o canto será executado ( SC 112) características da assembléia;
e) sejam respeitados os tempos do ano litúrgico e suas festas (Se 107);
f) seja considerada a cultura do povo do lugar (Se 38-40);g
g) sejam levadas em conta as dimensões comunitária dialogal e orante nos textos e nas melodias.
2. "Ministérios" Litúrgico-musicais
Os compositores (Letristas e músicos), cantores, salmistas, instrumentistas, animadores exercem um verdadeiro ministério litúrgico (SC 29). Como parte integrante da assembléia, diversos ministérios devem contribuir para que esta porção do povo de Deus participe ativa e plenamente da celebração ministros do canto e da música devem, juntamente com todo povo reunido, louvar o Senhor de todo o coração e crescer espiritualmente, deixando-se santificar pelo Espírito do Senhor que atua poderosamente na celebração litúrgica.
O desempenho eficaz dos ministérios na ação litúrgica pressupõe, necessariamente, a inclusão e a integra todas as pessoas ligadas ao serviço de animação litúrgico-musical, na equipe de liturgia

A História dos sapinhos….

Era uma vez um grupo de sapinhos que organizaram uma competição. O objetivo era alcançar o topo de uma torre muito alta.
Uma multidão se juntou em volta da torre para ver a corrida e animar os competidores...
A corrida começou. Sinceramente: Ninguém naquela multidão toda realmente acreditava que sapinhos tão pequenos pudessem chegar ao topo da torre.
Eles diziam coisas como: "Oh, é difícil DEMAIS!! Eles NUNCA vão chegar ao topo." ou: "Eles não tem nenhuma chance de sucederem. A torre é muito alta!"
Os sapinhos começaram a cair. Um por um... Só alguns poucos continuaram a subir mais e mais alto.
A multidão continuava a gritar:"É muito difícil!!! Ninguém vai conseguir!"
Outros sapinhos se cansaram e desistiram. Mas UM continuou a subir, e a subir. Este não desistia!
No final, todos os sapinhos tinham desistido de subir a torre. Com exceção do sapinho que, depois de um grande esforço, foi o único a atingir o topo! Naturalmente, todos os outros sapinhos queriam saber como ele conseguiu?
Um dos sapinhos perguntou ao campeão como ele conseguiu forças para atingir o objetivo?
E o resultado foi… Que o sapinho campeão era SURDO!!!!
Nunca dê ouvidos a pessoas com tendências negativas ou pessimistas porque eles tiram de você seus sonhos e desejos mais maravilhosos. Aqueles que o Senhor colocou no seu coração!
Sempre se lembre do poder das palavras porque tudo o que você falar, ouvir e ler irá afetar suas ações!
Portanto: Seja SEMPRE POSITIVO!
E acima de tudo: Seja SURDO quando as pessoas dizem que VOCÊ não pode realizar SEUS sonhos! Sempre pense: Eu POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

JORNAL DE FEVEREIRO


Campanha da Fraternidade 2010

A Campanha da Fraternidade inicia-se na quarta-feira de cinzas, dia 17 de fevereiro, e neste ano tem como tema “Economia e Vida” e como lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, retirado do Evangelho de Mateus 6,24.
Sob a responsabilidade do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), a Campanha da Fraternidade de 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. Esta é a terceira vez que a Campanha da Fraternidade é ecumênica, as outras foram em 2000 com o tema “Dignidade Humana e Paz” e lema “Novo Milênio sem Exclusões”, e em 2005, que teve como tema “solidariedade e paz” e como lema “felizes os que promovem a paz”.
O objetivo geral da Campanha é Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.
O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Texto-base, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro "deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade". Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que crie reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, a partir dos mais pobres e vulneráveis. O capitalismo selvagem trabalha no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias.
“Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24). Com esta frase em destaque, a Campanha da Fraternidade representa o desafio de uma escolha cotidiana em nossa vida. O fundo escuro do cartaz, evoca a penumbra de um tempo onde, no recolhimento da oração, as mãos em atitude de súplica diante de uma vela feita não de cera, mas de dinheiro, revelam o drama do ser humano que precisa de bens materiais para satisfazer suas necessidades, mas que pode também se tornar escravo da ganância. Aquelas mãos suplicantes dirigem uma prece a Deus, ou ao Dinheiro como se fosse Deus? É a luz de Deus que ilumina ou é o cintilar do ouro que atrai? O dinheiro é necessário no mundo dominado pelo mercado, onde tudo se compra e se vende. Precisa-se de dinheiro para comprar alimentos, roupa, para cuidar da saúde, para pagar o colégio, para adquirir a moradia e custear o lazer. O cintilar do ouro e das moedas, porém, se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Você pode se tornar escravo dos bens materiais e depositar neles a sua segurança. Você pode viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a sua vida. Você não pensa que seus bens podem ser supérfluos e suas necessidades podem ser imaginárias, induzidas pela propaganda, pela moda, pelas promoções de fim de semana. Você também acaba esquecendo que há crianças abandonadas, pobres morando nas ruas, pessoas famintas e doentes, e fica cuidando do seu dinheiro como se fosse Deus, fechando os olhos sobre as necessidades do próximo. A Campanha da Fraternidade convida você a se libertar da dependência dos bens materiais, a pôr a sua confiança bem Deus; a fugir da ganância e do egoísmo, a cultivar sentimentos de fraternidade. E, principalmente, a contribuir com o seu trabalho e os seus bens, para a construção de um mundo mais justo e solidário.
(Alini R. Mantovani)

A doença do amor


O amor, antes de tudo, é espiritual. Deus é amor, e nossa relação com ele só pode estar baseada na espiritualidade. O amor também é natural ao ser humano, ou seja, ele nasceu para amar e ser amado. O grande problema é que, por causa do pecado original, nossa forma de amar se tornou doentia.
Nesse sentido, podemos dizer que grande é o número de pessoas que amam de forma deficiente. Uns mais, outros menos; outros de forma heterogênea, outros de forma homogênea. Não necessariamente cedemos à doença, mas a temos em nós, ainda que latente. É claro que existe uma cura para este mal. A nossa luta nesta vida está justamente em encontrarmos esse antídoto, e de uma vez por todas, amarmos verdadeiramente.
A doença tem um nome: “doença do senhor e do escravo”. Aquele que sente prazer em ser senhor é o que se assume como “dono” do outro. Ele é o responsável por cuidar, mas também por controlar. Ele exerce, no relacionamento, uma prática ativa; é o senhor, na relação, que toma as iniciativas para com a outra pessoa. Enfim, existe uma situação de possessividade. O escravo, por sua vez, é a pessoa que se compraz em ser “objeto”. Na verdade, é o contrário do senhor; ele se deixa ser controlado, se deixa ser cuidado. Assume, portanto, uma posição passiva. Tudo isso se aplica, também, à sexualidade, mas não é esse o alvo em questão. Estamos falando de afetividade.
E o que tem a ver o pecado original com essa doença? É que o pecado original nos leva a essas duas situações, que podem ser entendidas da seguinte maneira: o senhor, amando de forma doentia, é aquele que brinca de ser o “deus criador”; já o escravo, também amando de forma inadequada, brinca de ser o “deus adorado”. Os dois se portam como deuses. E aí está o pecado original: “...sereis como deuses.” (Gênesis 3,5)
O problema é que o pecado traz prazer. Evidentemente que um prazer momentâneo e condenado, pois é fruto do erro, e tende a gerar mais erro. O ser humano gosta de sentir que tem o poder, por isso procura controlar as pessoas no seu relacionamento afetivo. Também é prazeroso se sentir adorado, por isso se porta como objeto de desejo.
Diante desta problemática, a solução está em desfazer o elo entre o senhor e o escravo, ou seja, entre o que age como deus criador e o que prefere ser o deus adorado. Percebem como existe um erro de posição, em ambos os casos? As pessoas, na sua forma doentia de amar, se colocam no lugar de Deus.
Logo, a solução, ao mesmo tempo simples, mas de difícil aplicação, é por Deus no seu devido lugar, ou seja, abandonarmos a posição de senhor do outro ou de objeto de adoração, de desejo, e voltarmos nossa atenção para Aquele que de fato deve ser adorado e tido como nosso dono.
Por fim, para atingir esse patamar e perceber que a cura dessa patologia é alcançável, basta ser humilde, buscando a Deus de todo o coração e sendo sempre o menor. E isso também vale para a relação com as pessoas.
(Renato Rosa)

Em busca da felicidade

Observando a vida dos jovens da nossa sociedade moderna, percebemos que eles estão se "transformando" cada vez mais naquilo que não são, pois estão ligados às aparências e estilos de vida que fogem de seus verdadeiros ideais quanto a família, estudo, consumo, relacionamento pessoal, etc. Podemos observar isso claramente, é só contarmos quantos jovens estão numa missa de domingo e quantos estão entretidos numa lan-house ou numa balada.
Para que então eu prejudicar toda a minha estrutura? Para onde vai a integridade "original" do jovem? O jovem quer ser aceito, porém, a aceitação por aquilo que ele não é, é uma felicidade "artificial". O jovem, muitas vezes, é aceito pelos amigos, só porque usa uma calça mais apertada, ou porque não é mais virgem, e até porque passa a consumir drogas e bebidas alcoólicas, porém sua identidade se perde e a pessoa se torna manipulada e não vive mais segundo seus planos de vida anteriores.
Muitos trocam a comunhão de se viver em família, para viver em frente a um computador ou outros aparelhos eletrônicos, por exemplo. O problema é que quando esse parelho eletrônico quebra, ele não suporta mais ficar num diálogo com a família, porque já perdeu toda a sua base, toda a sua verdadeira felicidade.
Hoje em dia, vivemos numa sociedade onde tudo é mais fácil, tudo é "light", e quando vem alguma situação difícil, o jovem fraqueja, fica rebelde, nem vai a luta, porque foi acostumado com coisas fáceis. Por isso, procura o jeito mais fácil de esuqecer: as drogas e as bebidas.
O importante é incentivar os jovens nas coisas difíceis, pois eles são o futuro da nossa sociedade, e será que para o nosso futuro queremos pessoas fortes e maduras que superam os desafios com fé e esperança em Deus ou pessoas que fraquejam diante das dificuldades?
(Moacir Ferreira Filho)

Aumento de Pessoas Idosas no País


Os idosos são hoje no Brasil 14,5 milhões de pessoas, 8,6 % da população total do país, segundo o IBGE, com base no Censo de 2000. Em uma década, o número de idoso cresceu 17%; sendo que em 1991 correspondia a 7,3% da população.
É considerado idoso pessoas com 60 anos ou mais, limite de idade considerado também pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e a redução da taxa de natalidade. A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no inicio da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos, no país, deve chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida atinja 70,3 anos.
Mas a verdade é que sabemos que nosso país não está preparado para os idosos. São muitas as dificuldades que eles têm de enfrentar na sociedade. Observando nossa cidade, podemos notar que os desafios iniciam no transporte. No estatuto do idoso, referem-se ao transporte gratuito e bancos reservados, mas a dificuldades para a locomoção não são citadas. Para um idoso usar o transporte público é necessário um acompanhante, pois os degraus dos ônibus são altos, a distância entre o trem e a plataforma é grande, sem contar as escadas mal planejadas para quem tem limites na locomoção.
Nossas calçadas também não ajudam a locomoção dos idosos, sendo escorregadias, com degraus e até esburacadas. Também há o desafio de atravessar as ruas, pois ninguém respeita um pedestre, mesmo sendo um idoso. Nossa cidade também não oferece lazer, cultura ou esporte para nosso idoso, sendo isso necessário para sua saúde.
Pensando na saúde, sabemos que ainda temos muito que melhorar, não só para idosos, mas para a população em geral. Enfim, se teremos mais idosos com o decorrer dos anos, nossa cidade, nosso país, e cada um de nós, cidadãos, deve se preparar para acolhê-los melhor.
(Alini R. Mantovani)

Alcoolismo é doença

Embora ainda visto por muitos como um vício, o alcoolismo é uma doença. Uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
Iniciado socialmente, na adolescência, muitas vezes o hábito de beber faz com que a pessoa se torne cada vez mais resistente e tolerante ao álcool. Sem causar nenhum tipo de desconforto físico, no início, o processo de dependência pode durar de 5 a 25 anos e não ser motivo de preocupação, até que o usuário não consegue mais parar. Na falta do produto, sofre crise de abstinência, mal estar e impulso incontrolável de se manter alcoolizado.
Cerca de 30% da humanidade, tem problemas provocados pelo álcool, contudo, uma em cada dez pessoas, jovens e velhos, brancos e negros, ateus e religiosos, intelectuais e analfabetos, pobres e ricos, homens ou mulheres, desenvolvem plenamente a doença, causando, pelo seu comportamento imprevisível, desajustes, angústias, privações e sofrimentos a todos aqueles que os cercam.
Causas do alcoolismo:
Hereditariedade: filhos de alcoólatras têm maior probabilidade de ser tornarem, também, dependentes de bebida.
Fatores psicológicos: conflitos emocionais, baixo autoestima, problemas financeiros e depressão podem dar início ao vício de beber.
Fatores sociais: a facilidade de acesso à bebida, o estilo de vida estressante, a aceitação social do vício, o incentivo de grupos de amigos contribuem para o alcoolismo.
Embora incurável e progressivo, o alcoolismo pode ser detido em sua marcha. Para isso, é necessário que o alcoólatra se abstenha total e permanentemente do álcool.
Simples paradas não bastam.
Uma vez alcoólatra, sempre alcoólatra.
Um portador da doença, mesmo abstinente por anos, se tomar um único gole, inevitavelmente, em pouco tempo estará bebendo tanto ou mais do que antes de sua parada.
Contudo, essa abstinência constante não é fácil. Depois de anos de vida em função do álcool, a pessoa tem que aprender a viver sem ele. Sozinha, sua chance é mínima. Com o Alcoólicos Anônimos (AA), e outros grupos de apoio, suas chances aumentam consideravelmente.
(Alini R. Mantovani)

Jamais negue sua fé

Em meio aos ataques que nossa Santa e Amada Igreja Católica vem sofrendo, muitos católicos preferem apostatar (deixar a sua fé na Igreja de Cristo) a “colocar sua cara à tapa”. Negam a fé para não serem massacrados. No meio acadêmico isso é muito comum. No primeiro ano de minha faculdade de medicina me vi em uma situação um tanto desconfortável. Em vários seminários onde os temas eram polêmicos, quis me manter fiel à fé da Igreja Católica e seus ensinamentos. Por conta disso, tive que enfrentar diversos preconceitos, até mesmo daqueles que se diziam católicos.
Um tema muito complicado que tive de enfrentar, em um seminário, foi a questão do aborto. No meio médico, quase que 99% dos estudantes são a favor dessa brutalidade. Porém, seguindo os preceitos e ensinamentos que aprendi no seio da Igreja de Cristo, não me pronunciei a favor e fui energicamente contra. Devido a isto, muitos tentaram persuadir minha decisão, querendo apresentar fatos que iam contra o cristianismo e até mesmo contra a constituição, pois aborto é um crime, não importa o motivo! Fui resistindo aos ataques que estava sofrendo durante minha apresentação sobre o assunto, e aos poucos fui conquistando a confiança de alguns. Graças a Deus não neguei aquilo que sempre acreditei e devido a isso muitas pessoas começaram a enxergar a questão do aborto com outros olhos. Seria muito fácil ter apresentado o trabalho se eu tivesse me pronunciado a favor do aborto, mas isso iria contra meus princípios e contra minha fé.
A sociedade de hoje prega o que nosso amado e saudoso Papa João Paulo II chamava de “teologia da morte”. É incrível como em um país predominantemente católico o aborto tenha tanta aceitação!
Outro fato que tive que me manter fiel à Igreja, e que também sofri por não ter negado minha fé, foi no que diz respeito ao uso das células tronco embrionárias, um tema tão mal explicado para a sociedade, mas que a Igreja sempre se preocupou em elucidar. Muitos dos que estavam presentes na sala de aula, e até mesmo os professores, não aceitavam minha posição de ser contra o uso das células tronco embrionárias. Por sorte eu havia feito um estudo muito detalhado com parâmetros científicos e religiosos, e por mais uma vez consegui defender a Fé da Igreja que em momento algum duvidei ser a vontade de Cristo.
Todo esse testemunho é para orientar nossos irmãos católicos, em especial os estudantes, a acreditarem mais na Igreja, pois ela detém “as chaves do reino do céu” (Mt 16,18-20). A Igreja é “a luz do mundo, coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tim 3,15).
Nós católicos não podemos apostatar nossa fé, caso contrário terá sido em vão tantos mártires que morreram por não negar sua fé na Igreja, como, por exemplo, nosso tão glorioso São Tomas Morus, Chanceler britânico do Rei Henrique VIII, morto por este monarca por permanecer fiel à Igreja Católica e não adotar a religião protestante (Anglicanismo) que o rei havia ordenado à toda sociedade inglesa. Este grande Santo como tantos outros morreram pela Igreja, pois sabiam que a Igreja era a “esposa de Cristo” (Ap 20,19).
Temos que permanecer fiéis à Fé Católica e jamais negá-la, pois se negarmos a Igreja, estaremos negando o próprio Cristo. Por mais que haja tanta gente que não ama a Igreja Católica, e por isso tentam destruí-la, nós Católicos temos que amá-la e defende-la, senão seremos nós os responsáveis por tanta maldade que se perpetua fora do seio da Igreja como, por exemplo, a pena de morte, o aborto, a morte de embriões humanos para pesquisas, e tantas outras atrocidades.
Devemos estar sempre prontos para responder aos diversos argumentos que se fazem contra nossa fé, pois como São Pedro ensinava, temos que "estar sempre prontos para responder em nossa defesa a todo aquele que nos pedir a razão de nossa fé" (1 Pedro3,15c). São Pedro nos ensina que devemos ter um amplo conhecimento da nossa fé, da nossa esperança e como nossa fé está no seio da Igreja de Cristo; temos que buscar cada vez mais conhecer nossa Santa e Amada Igreja Católica.

(Clecio Francisco Gonçalves)

Dia do enfermo

“Não há nada que se parece mais com um necrotério que um hospital. No lugar do mundo onde mais seria necessário muito amor e muito carinho há uma brancura, uma frieza, um cheiro de remédio que é feito para matar as pessoas, não para fazê-las viver...” Esse trecho, retirado do livro “Amores Possíveis”, de José Ângelo Gaiarsa, descreve o que muita gente sente quando precisa de serviços médicos.
As práticas de saúde são vistas como métodos extremamente técnicos e objetivos. Por causa disso, muitas vezes o relacionamento entre profissionais e pacientes fica prejudicado. Já está mais que provado que o ser humano consegue se reabilitar não apenas com remédios. O bem estar psicológico e mental é imprescindível para uma recuperação menos dolorosa e mais rápida.
No Brasil, o dia dos enfermos é comemorado no dia 14 de fevereiro. Mundialmente a data é comemorada no dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993. Que este dia sirva como momento de reflexão, sensibilização e mudança. Diante das condições impostas pelo mercado, onde cada dia precisamos correr mais e mais para mantermos os padrões, fazemos um alerta a todos os profissionais de saúde, tanto aqueles que estão diretamente ligados ao paciente, quanto aos que cuidam das questões administrativas; um alerta também aos familiares e amigos que estejam com alguém passando por alguma enfermidade; sejamos mais sensíveis, pacientes e amorosos com os nossos doentes.
O objetivo desta data é, sobretudo, sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermos, possibilitando assistência mais adequada. Essa atenção pode ser traduzida pela humanização para com nossos doentes.
No seu 18º ano, o dia mundial do enfermo é marcado pela mensagem do Papa Bento XVI, que diz:
...“Gostaria de retomar aqui a Mensagem aos pobres, aos doentes e a todos aqueles que sofrem, que os Padres conciliares dirigiram ao mundo, no encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II: "Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz – disseram eles – ...vós que chorais... vós, desconhecidos da dor, tende coragem, vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quiserdes, salvareis o mundo!”. Agradeço de coração às pessoas que, todos os dias, "desempenham o serviço em prol dos doentes e dos sofredores", fazendo com que "o apostolado da misericórdia de Deus, ao qual se dedicam, corresponda cada vez melhor às novas exigências”.

Nossa senhora de Lourdes

Nossa Senhora de Lourdes é o nome dado à aparição de Maria na cidade de Lourdes, na França, com início dia 11 de fevereiro de 1858, vista por uma camponesa de 14 anos que dizia ter visto uma “dama” na capela de Massabielle. Essa “dama” apareceu à camponesa até seus 17 anos.
Em 11 de Fevereiro de 1858, a camponesa foi com a irmã e uma amiga para recolher um pouco de lenha, a fim de vendê-la e poder comprar pão. Quando ela tirou os sapatos e as meias para atravessar a água, junto à gruta de Massabielle, ela ouviu o som de duas rajadas de vento, mas as árvores e arbustos não se mexeram. A camponesa viu uma luz na gruta e uma menina, tão pequena como ela, vestida de branco, com uma faixa-azul presa em sua cintura com um rosário em suas mãos em oração e rosas de ouro amarelo, uma em cada pé. A camponesa tentou manter isso em segredo, mas sua irmã disse à mãe. Por essa razão ela e sua irmã receberam castigo corporal pela sua história. Três dias depois, a camponesa voltou à gruta com as outras duas meninas. Ela trouxe água benta para utilizar na aparição, a fim de testá-la e saber se não "era maligna", porém a visão apenas inclinou a cabeça com gratidão, quando a água foi dada a ela.
Em 18 de fevereiro, ela foi informada pela senhora para retornar à gruta, durante um período de duas semanas. Após a notícia se espalhar, as autoridades policiais e municipais começaram a ter interesse. A camponesa foi proibida pelos pais e o comissário de polícia para ir lá novamente, mas ela foi assim mesmo. No dia 24 de Fevereiro, a aparição pediu oração e penitência pela conversão dos pecadores. No dia seguinte, a aparição convidou a camponesa a cavar no chão e beber a água da nascente que encontrou lá. Como a notícia se espalhou, essa água, foi administrada em pacientes de todos os tipos, e muitas curas milagrosas foram noticiadas. Sete dessas curas foram confirmados como desprovidas de qualquer explicação médica pelo professor Verges, em 1860. A primeira pessoa com um milagre certificado era uma mulher, cuja mão direita tinha sido deformada em conseqüência de um acidente. O governo interditou a gruta e emitiu sanções mais duras para alguém que tentasse chegar perto da área fora dos limites. No processo, as aparições de Lourdes tornaram-se uma questão nacional na França. A camponesa, conhecendo bem as localidades, conseguiu visitar a gruta à noite mesma quando proibida pelo governo. Lá, em 25 de março, a aparição lhe disse: "Eu sou a Imaculada Conceição". Em 16 de Julho, a camponesa foi a última vez à gruta e relatou: "Eu nunca a tinha visto tão bonita antes".
Ao todo foram 18 Aparições da Virgem à camponesa e em 18 de Janeiro de 1860, o bispo local, declarou que: "A Virgem Maria apareceu de fato à camponesa, Bernadette Soubirous". Estes eventos estabeleceran o culto mariano de Lourdes, que, juntamente com Fátima, é um dos santuários marianos mais freqüentados no mundo, ao qual viajam anualmente entre 4 e 6 milhões de peregrinos.
Nossa Senhora de Lurdes é considerada a padroeira dos enfermos do qual os milagres ninguém duvida.
Nossa Senhora de Lurder, rogai por nós!!!!
(Moacir Ferreira Filho)

Surdos e Mudos

Surdo-mudo é, provavelmente, a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio.
O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência, sem conexão com a surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício.
Por esta razão, o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons.
Portanto, o termo surdo-mudo tem sido encarado pela cultura surda como um erro social dado ao fato de que o surdo viveria num "silêncio" rotulado pela própria sociedade (por falta de conhecimento do real significado das duas palavras).
Problema de audição, problema de fala
Os problemas de audição que ocorrem a partir do nascimento podem ser detectados desde cedo. Se corrigidos em tempo, podem dar à criança a oportunidade de falar. Caso o problema perdure sem tratamento ou intervenção, a criança demorará mais a adquirir a fala, mas ainda sim poderá fazê-lo com ajuda de profissionais de fonoaudiologia.A mudez se verifica na maioria dos casos em decorrência à surdez não tratada ou total, desde os primeiros anos de vida. Quando a surdez acontece por trauma ou acidente ou quando se verifica uma surdez temporária, em que a fala já se desenvolveu, esta última não será afetada. Pessoas que não sofrem de surdez, diante de um acontecimento emocionalmente traumático, podem ficar mudas, em geral temporariamente, para depois voltarem a falar como antes. Há casos de pessoas que tiveram derrame ou traumatismo craniano e têm dificuldade na comunicação em falar ou ler.
Muitas vezes descriminamos um surdo ou um mudo pelo fato dele não poder falar ou escutar, mas na verdade, eles falam e escutam muito melhor que os que escutam e falam, pois eles escutam com os olhos, e falam através de sinais, com as mãos, mas isso não é apenas falar e escutar, é um dom confiado por Deus a algumas pessoas.

O que realmente foi a Inquisição?


Em primeiro lugar, para compreender o que realmente foi a inquisição, é preciso analisá-la a partir do seu contexto religioso, político, histórico, e social da época. A Igreja Católica foi a grande responsável por manter a ordem e a paz numa época em que Roma era massacrada pelas invasões bárbaras. Se não fosse pela Igreja Católica, talvez não tivéssemos a sociedade atual, organizada e preocupada com o bem estar do próximo. Aos poucos a Igreja foi conquistando o povo e impérios se convertiam totalmente ao catolicismo, sobretudo os bárbaros (visigodos, ostrogodos, lombardos, francos e outros). Durante mil anos, o mundo conhecia apenas como única religião oficial a Igreja Católica, tudo era baseado e regido pelo calendário da Igreja.
Para o homem medieval, o importante era “levar o evangelho a todas as criaturas” (Mt 28,19-20). O crime religioso era visto como um crime de “lesa majestade” (crime contra a coroa), cuja pena era paga com a morte pelo estado. Reis e soberanos consideravam a religião católica, a única verdadeira e divina, um bem social muito mais valioso que os bens deste mundo. Era preferível perder a vida a ter que cometer algum pecado que desagradasse a Deus. Neste contexto religioso, em que estado e Igreja trabalhavam juntos para manter a ordem pública, quando surgia alguma heresia que ameaçava a paz e a ordem, os imperadores, juntamente com os bispos, convocavam Concílios para tratar do assunto.
É difícil para nós, nos dias de hoje, imaginarmos como a sociedade aceitava e até incentivava a pena de morte para quem cometesse alguma heresia, mas se voltássemos para aquela época veríamos que era algo comum, não constituía escândalo para ninguém. Só para se ter ideia da mentalidade da época, o grande são Tomás de Aquino escreveu, no século XIII: “É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma, do que falsificar a moeda, que é um meio de prover à vida temporal. Se, pois, os falsificadores de moedas e outros malfeitores são, a bom direito, condenados à morte, pelos príncipes seculares, com muito mais razão os hereges, desde que seja comprovados tais, podem não somente ser excomungados, mas também em toda justiça ser condenados à morte” (Suma Teológica II/II 11,3c). Repare que um Santo pensava dessa maneira, numa época em que todos tinham isso como um costume para o bem geral.
Durante 12 séculos a Igreja só aplicava penas espirituais como, por exemplo, a excomunhão, e nunca permitia que o estado executasse alguma pena capital (de morte) em questões religiosas. Porém, foi um período que houve graves heresias como o arianismo, priscilianismo, donatismo, maniqueísmo, dentre outras, que a Igreja combateu pela oração e pela fé, reunindo diversos concílios para que estas ideias não se perpetuassem no meio cristão, mas jamais permitia o uso da força para combatê-las.
Acontece que no século XIII surgiu uma heresia terrível chamada de catarismo (katharós, puro em grego) ou albigense, esta heresia foi criada por alguns cristãos fanáticos que se diziam puros, e dessa maneira queriam uma Igreja apenas de pessoas “puras”. Em suas pregações arrastaram multidões, pois viviam na pobreza e pregavam ser aqueles que conduziriam a Igreja à salvação, fazendo-a voltar à pureza dos apóstolos. Estes grupos de cristãos fervorosos se separaram da Igreja e começaram a interpretar erroneamente a bíblia indo totalmente em desacordo com a Igreja. Muitos seguidores da heresia como Pedro Valdo vendeu todos os bens, separou-se da mulher e começou a pregar como se fosse São João batista. Atacava os ensinamentos da Igreja e a riqueza do clero. Valdo e seu seguidor Pedro de Bruys pregavam que todo fiel é depositário do Espírito Santo e livre para interpretar a bíblia (com certeza isso foi um antecedente do protestantismo com Lutero três séculos mais tarde). Para os cátaros, Deus estava em tudo, e até mesmo os animais, como os ratos, eram considerados tão divinos como os homens (panteísmo); negavam a existência do purgatório e do inferno, pois diziam que satanás também era emanação de Deus; Negavam também a transubstanciação do pão e do vinho, o batismo das crianças, o valor das orações aos santos, da Igreja, das imagens e da cruz. Isso constituía uma negação total do cristianismo. O ódio contra a Igreja católica era o ponto alto da nova heresia de tal forma que em 1124, numa sexta feira santa, Bruys assou carne numa fogueira feita de cruzes de madeira. Isso suscitou a revolta de muitos cristãos fiéis à Igreja, que, sem a permissão, mataram Bruys e o queimaram na fogueira.
O grande historiador Daniel Rops narra que os cátaros proibiam o casamento e tudo que fosse carnal. Jesus seria apenas um mensageiro de Deus, mas não era Deus; os homens deveriam renunciar à carne, à terra e à vida; desejavam a morte, alguns praticavam o “suicídio sagrado” (endura). “A endura vitimou mais cátaros que toda a atividade da inquisição” (W. Neuss, Apud Bernard J., p 12). O professor Bernard, em seu livro A inquisição-História da Igreja, vol 3, pg 110, cita um historiador protestante de nome Henri Charles Lea que diz: “Se o catarismo se tornasse dominante, ou pelo menos igual ao catolicismo, não há dúvida de que sua influência teria sido desastrosa”. Repare que até mesmo um protestante protege a Igreja em seu combate contra os cátaros.
Com toda a heresia que estava penetrando na Igreja, surgiram grupos de cristãos que combateram os cátaros com a morte, durante 2 séculos, sem o apoio da Igreja. O povo e a autoridade civil se encarregavam de eliminar todo traço de heresia com a morte na forca ou no fogo. Tudo isso sem a permissão legal da Igreja. Acontece que com o passar do tempo, os imperadores começaram a usar do seu poder para matar inimigos antigos e servir a seus propósitos pessoais e não para combater as heresias, dessa forma, para evitar uma carnificina, no ano de 1231, com o papa Gregório IX, foi instituída a Inquisição Católica, que constituiu um avanço para a época, pois antes do tribunal da Santa Inquisição, os hereges eram condenados sem antes passar por um julgamento, e dessa forma muitos inocentes poderiam ser condenados a morte. Com a Inquisição, muitos foram salvos. Ao contrário do que aprendemos no colégio ou mesmo nas universidades, a inquisição não foi algo que o povo rejeitasse, ao contrário, o povo a apoiava e a desejava.
Ser julgado pela inquisição não era sinônimo de morte como muitos afirmam, era um tribunal que buscava a justiça, tanto é verdade que muitos apelavam para serem julgados pelo tribunal da inquisição como, por exemplo, os templários.
A inquisição não veio para matar, mas sim para dar um julgamento justo àqueles acusados de heresia. Enquanto todo crime de heresia quando julgado pelo estado era punido com a morte, os julgados pela Inquisição tinham a chance de se arrepender, se confessar e escapar da morte. Isso constituiu um avanço para a época.
Neste trecho aprendemos os antecedentes da Inquisição. Na próxima edição de “O Mensageiro” aprenderemos o que realmente foi a inquisição, pois não seria possível explicar o assunto sem antes mostrar em qual contexto nasceu este tribunal tão atacado por aqueles que não a conheceram realmente.
(Clécio Francisco Gonçalves)

Dra Zilda Arns tem seu nome inscrito no livro da vida


Na extraordinária cobertura dada por todos os meios de comunicação à tragédia que abala o Haiti, um nome volta com destaque: Dra. Zilda Arns. Isso mostra que ao longo dos seus 23 anos dedicados à Pastoral da Criança e a outras atividades complementares na linha de uma nova concepção preventiva em termos de vida saudável, ela se transformou numa unanimidade em todos os ambientes e em todas as classes sociais. Portadora de inúmeros títulos e moções de honra, apesar de três indicações, não recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Mas nesta altura pouco importa: já tem seu nome inscrito para sempre no Livro da Vida.
O que nem todos os meios de comunicação social e autoridades colocaram em evidência é que a Dra. Zilda não assumiu a Pastoral da Criança por iniciativa própria. Através do seu irmão, por muitas décadas uma figura de proa da Igreja e da sociedade brasileira, ela foi convencida a aceitar como missão que a Igreja do Brasil (CNBB) lhe confiava: criar uma linha de ação pastoral que atingisse a raiz dos problemas que se escondiam por trás dos altíssimos índices de imortalidade infantil, uma das vergonhas do Brasil.
Com preparo profissional e pedagogia invejáveis, auxiliada por assessores de diversas áreas afins, ela conseguiu articular um plano de ação simplesmente admirável. Inspirada na fé que recebeu do berço, soube, como poucos, desentranhar as dimensões políticas e sociais da fé. Sem receio de juntar forças, mesmo provindas de outras crenças ou outras concepções antropológicas e políticas, foi armando uma verdadeira rede que ao longo dos anos faz sentir sua presença em cerca de 3.500 municípios do Brasil, com o acompanhamento de aproximadamente 80 mil gestantes e atingindo 2 milhões de crianças.
Mas, levada por um verdadeiro ardor missionário, sentiu-se chamada a ultrapassar todas as barreiras e fronteiras, ajudando a implantar essa ação revolucionária em cerca de 20 países, sobretudo da América Latina e da África, privilegiando países e regiões mais pobres. Lógico que a ação visava acompanhar a evolução das crianças, literalmente desde a concepção no seio materno até a idade dos 6 anos.
Convencida de que embora se deva saciar os famintos, deixava claro que o assistencialismo não resolve os problemas da miséria e da pobreza. Essas só serão superadas através de um trabalho mais sistemático, mais participativo, mais globalizante, partindo da raiz dos problemas e abrangendo todas as dimensões do humano.
Nunca escondeu que, ao lado da nutrição, noções básicas de higiene e cidadania, privilegiava uma espiritualidade capaz de sustentar um ação eficaz, levada adiante por um numeroso voluntariado. Seriam 260 mil esses agentes, devidamente preparados e monitorados sob os mais diversos aspectos, para poderem entender as reais causas da mortalidade infantil e desenvolver uma ação eficaz. E os milagres vão acontecendo em toda parte. Onde a Pastoral da Criança funciona, os índices de mortalidade infantil caem vertiginosamente.
Bastam o preparo dos agentes, seu entusiasmo contagiando as mães e familiares, bem como toda a comunidade; medidas básicas de higiene; um espaço qualquer para as reuniões; nos casos de crianças mais frágeis, o denominado leite forte, com ingredientes de custo praticamente zero, mas de uma eficácia invejável.
Sem dúvida aqui cabe uma comparação ilustrativa. O que Paulo Freire representa em termos de concepção educacional, a Dra. Zilda Arns representa em termos de uma nova concepção de saúde. Por mais importante que continue sendo a ação de médicos e profissionais afins, a grande intuição da Dra. Zilda é a de que o principal agente de saúde física, psíquica e espiritual encontra-se exatamente onde se encontra a origem da vida: a família, e particularmente as mães.
Por mais que se deva lutar contra a fome, a pobreza e a miséria, a construção de uma nova sociedade tem que privilegiar o "berço". Esse "berço" nada tem a ver com nobreza, mas com a certeza que vem do presépio de Belém. Na expressão da verdadeira "mãe das crianças pobres" ... "como pássaros que cuidam de seus filhos.... longe de predadores... e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado... e protegê-los".
Essa mensagem que se encontra no texto final da palestra que ela estava proferindo, ao que parece dentro de uma igreja que ruiu sobre ela e muitos dos participantes, certamente não agrada a todos. Sobretudo irá desagradar aos que em pleno século XXI levantam outra bandeira, mais parecida com aquela que devia tremular no alto das torres do palácio de Herodes. Nem por isso essas palavras deixam de ser proféticas. Compreensiva dos dramas humanos, pela inspiração do Evangelho, a Dra. Zilda deixou um grande farol aceso, capaz de revelar o verdadeiro rosto e os verdadeiros interesses dos herodianos, e sobretudo capaz iluminar a todos os apóstolos da vida.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Jornal de Janeiro




mais um ano e graças a Deus também mais um Jornal


Um Feliz 2010 a Todos

Já é Ano Novo


Contagem decrescente, os últimos minutos do dia 31 de dezembro. 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2010!!!!!!
A passagem de Ano é o fim de um ciclo, início de outro. É o momento sempre cheio de promessas. É a hora que nasce os novos sonhos, os projetos para um outro ano. As decepções agora servem de lições e os objetivos alcançados dão mais vontade de ir em frente.
Enfim agora é 2010, tempo de esperança, tempo de reflexão. Dá até vontade de ser melhor, melhor para os outros, melhor para nós mesmos.
Começemos com o pé direito, esperando que tudo dê certo, que tudo ocorra da maneira com que acabamos de planejar. Agora nasce mais que um Ano Novo, uma vida Nova.
Nós, da Pastoral da Comunicação, desejamos a todos vocês leitores, muitas felicidades neste ano que acaba de nascer, que você possa lutar pelos seus objetivos, vencer as lutas do dia-a-dia e ficar firme nos momentos difíceis. Tudo isso desejamos na companhia de Jesus, que ele possa ser seu guia neste ano, e principalmente sua referencia. Que Nossa Senhora interceda por você e toda a sua família.
Um Feliz 2010!!!

Maria, Mãe de Deus


A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à Virgem Santa como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431.
Na primeira comunidade cristã, enquanto cresce entre os discípulos a consciência de que Jesus é o filho de Deus, resulta bem mais claro que Maria é a “Theotokos”, a Mãe de Deus. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que Ele é Deus (Jo. 20,28; cf. 05,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. mt. 01,22-23).
Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egito dirigiam-se a Maria com esta oração: “Sob a vossa proteção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bendita” (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho a expressão Theotokos, “Mãe de Deus”, aparece pela primeira vez de forma explícita.
No século IV, o termo Theotokos é já de uso freqüente no Oriente e no Ocidente. A piedade e a teologia fazem referência, de modo cada vez mais freqüente, a esse termo, já entrado no patrimônio de fé da Igreja.
Compreende-se, por isso, o grande movimento de protesto, que se manifestou no século V, quando Nestório pôs em dúvida a legitimidade do título “Mãe de Deus”. Ele de fato, propenso a considerar Maria somente como Mãe do homem Jesus, afirmava que só era doutrinalmente correta a expressão “Mãe de Cristo”. Nestório era induzido a este erro pela sua dificuldade de admitir a unidade da pessoa de Cristo, e pela interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes n’Ele.
O Concílio de Éfeso, no ano 431, condenou as suas teses e, afirmando a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho, proclamou Maria Mãe de Deus.
Proclamando Maria “Mãe de Deus”, a Igreja quer, portanto, afirmar que Ela é a “Mãe do Verbo encarnado, que é Deus”. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.
A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.
Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Esta união emerge já no Concílio de Éfeso; com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres queriam evidenciar a sua fé na divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir este título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.
Seguindo o exemplo dos antigos cristãos do Egito, os fiéis entregam-se Àquela que, sendo Mãe de Deus, pôde obter do divino Filho as graças da libertação dos perigos e da salvação eterna.
(Extraído do livro A virgem Maria - João Paulo II)

Um gesto vale por mil palavras?

Depende da cultura. O gesto, assim como a palavra, é a exteriorização de uma ideia. Nós utilizamos esses recursos, dentre outros, quando queremos que outra pessoa nos entenda. Assim, de maneira simples, é estabelecida a comunicação entre as pessoas. Num mundo cada vez mais globalizado, pouco se comenta as diferenças culturais dos gestos. Ou você imaginava que a diferença entre os costumes se faz apenas no idioma, culinária e vestimenta?
Principalmente num país como o Brasil, onde se observa o fenômeno da imigração como em poucas nações do mundo, corremos o risco de nos depararmos com um grego, por exemplo, e, ao gesticularmos “não” com a cabeça, ele entenda exatamente o contrário. É isso mesmo! A diferença de cultura dos gestos pode chegar ao extremo de em alguns países, o “não”, feito com a cabeça, signifique “sim”. Além da Grécia, reagem desta maneira os habitantes da Bulgária, Irã e Turquia.
Outra diferença de gesto é observada na famosa figa. Com uso decaído nos dias atuais, já foi muito utilizado pelos nossos avós para representar algo auspicioso, de boa sorte; mas na Croácia, por exemplo, significa o inverso, algo sem valor ou de um não; na Turquia e Grécia tem um significado obsceno, enquanto que na Tunísia e na Holanda significa o órgão sexual masculino.
Se na Argentina, por sua vez, alguém movimentar o dedo indicador esticado em círculos na região das têmporas em sua direção, não se ofenda, pensando estar sendo chamado de maluco, pirado ou doido. Esse cidadão apenas diz que quer falar com você. O mesmo gesto feito por um alemão significa que alguém fez barbeiragem no trânsito.
Outra gritante diferença está no famoso e muito utilizado nos dias de hoje chifre. É isso mesmo, o chifrinho. É muito raro encontrar alguém que nunca fez esse gesto em um amigo se preparando para a fotografia. Esse mesmo gesto, no Brasil e na Itália, também demonstra, rudemente, que o marido está sendo traído pela mulher. Já na Venezuela indica conquista, sorte, futuro promissor. Na região do Texas, Estados Unidos, fazer isso equivale a prestar solidariedade ao seu time. Imaginem só isso no Brasil!
É por tudo isso que o gesto precisa ser observado e entendido sempre dentro de um contexto maior, que inclui o seu significado específico em si, as palavras, o conteúdo da mensagem, as circunstâncias e os outros gestos que participaram do processo de comunicação. Assim não correremos a risco de cair na máxima, repetida em décadas passadas: quem não se comunica, se trumbica!
(Renato Rosa)

Batismo de Jesus


No dia 10 de janeiro comemoramos liturgicamente o “Batismo de Jesus” no rio Jordão.
O Batismo de Jesus por João Batista é o ato inaugural do ministério de Jesus. Pode-se dizer que é a Epifania histórica do Senhor. Atraído pela mensagem de João Batista, Jesus abandona sua rotina de vida em Nazaré da Galiléia, procura o Batismo de João na região do além Jordão e começa a formar seu próprio discipulado para, a seguir, iniciar seu próprio ministério, assumindo elementos do anúncio de João Batista.
O Evangelho deste domingo apresenta o encontro entre Jesus e João Batista nas margens do Rio Jordão. Na circunstância, Jesus foi batizado por João.
João Batista foi o guia carismático de um movimento de cunho popular, que anunciava a proximidade do “juízo de Deus”. A sua mensagem estava centrada na urgência da conversão. Pois, na opinião de João, a intervenção definitiva de Deus na história, para destruir o mal, estava iminente e incluía um rito de purificação pela água.
A abertura do céu no momento do Batismo, significa a união da terra e do céu. A imagem inspira-se, provavelmente, em Is 63,19, onde o profeta pede a Deus que “abra os céus” e desça ao encontro do seu Povo, refazendo essa relação que o pecado do povo interrompeu. Desta forma, Mateus anuncia que a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens.
O símbolo da pomba não é imediatamente claro… Provavelmente, não se trata de uma alusão à pomba que Noé libertou e que retornou à arca (cf. Gn 8,8-12); é mais provável que a pomba (em certas tradições judaicas, símbolo do Espírito de Deus que, no início, pairava sobra as águas – cf. Gn 1,2) evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar.
Mas, quando começamos a refletir sobre o Batismo de Jesus, nos perguntamos: "Jesus precisava ser batizado?" “Ainda mais que o Batismo de João Batista era o da conversão?" Assim como podemos nos questionar: "Diante do sentido atual do Sacramento do Batismo, Jesus precisava passar por este ritual?" Jesus foi igual a nós em tudo, menos no pecado. Então não precisava nem do perdão nem da conversão. Jesus é o Filho Unigênito de Deus Pai. Por esta razão, não precisava ser mergulhado na água para se tornar Filho. Ele já veio a terra sendo Filho de Deus. Então, Ele não precisava ser batizado. E por que Ele se deixou batizar por João Batista no Jordão? Seguramente, ao nos aprofundarmos nesta reflexão muitas respostas surgirão. Mas, basicamente, podemos dizer que Jesus se deixou batizar para nos dar dois grandes ensinamentos. O primeiro é o da humildade e o segundo é o da necessidade.
Jesus, sendo Santo e Filho Unigênito de Deus Pai, passou pelo Batismo para nos deixar claro que o caminho do seguimento, – que leva ao Pai –, é o caminho da humildade e não o da arrogância ou o da prepotência. Com esta atitude de Cristo, nós aprendemos que ninguém é tão santo, que não tenha de se santificar; ninguém é tão sábio, que não tenha o que aprender; ninguém é tão rico, que não tenha algo para receber. A humildade de Jesus nos deixa admirados. Esta admiração precisa nos conduzir ao desejo de imitá-Lo. Por humildade, Jesus se deixou batizar. Seguindo os passos d'Ele, vivamos na humildade, pois é nela que percebemos as coisas do Alto. A Virgem Maria reafirma este ensinamento no Cântico do Magnificat: "O Senhor derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes" (Lc 1,52).
Jesus nos ensina – com a própria vida – a necessidade de mergulharmos na "água" do amor de Deus, para pertencermos à Família do Senhor. Sendo assim, é certo dizer que o Batismo é necessário para o cristão que quer seguir Jesus. É necessário porque por meio deste sacramento, recebemos a marca de Deus. E para sempre estaremos "assinalados" por Ele. É necessário, porque poderemos, em família, recorrer à misericórdia de Deus, nosso Pai. O Batismo é necessário, porque – com Cristo – nós passamos a pertencer para sempre a Deus. Pela graça do Batismo, nós recebemos a fé. E pela fé nós aprendemos e vivemos cada dia na certeza de que Jesus Cristo é a nossa esperança. Fora d'Ele não há felicidade verdadeira nem salvação eterna.
(Alini R. Mantovani)

Tirar Férias é bom


Segundo uma pesquisa recente, muitos funcionários temem em sair de férias. O motivo é o crescimento de demissões. Muitas pessoas pensam que não podem sair de férias sem que isso represente um risco para sua posição na empresa. O medo de que ninguém é insubstituível causa ao trabalhador o receio de que um outro profissional realize suas atividades com melhor desempenho.
Mas a verdade é que o profissional que adia por um grande período suas férias pode prejudicar seriamente seu rendimento, e ao invés de cumprir eficientemente suas funções e apresentar uma imagem de comprometimento com a empresa, passa a fragilizar sua saúde física e mental, além de ser visto por algumas pessoas como centralizadora.
Aproveitar as férias é essencial para a saúde do funcionário a longo prazo, bem como para a sua satisfação e produtividade na empresa. Os funcionários que não tiram férias prejudicam a si mesmo, ficando doente com maior freqüência e estão mais propensos a doenças cardíacas e imunológicas no futuro.
Quando nosso corpo é muito exigido ele passa a atuar com uma espécie de bomba-relógio. Uma saída para quem realmente tem, além de muitas tarefas a executar, um papel altamente estratégico na empresa, seria o de dividir o período de férias em dois , em vez de tirar um mês completo, tira-se duas férias de 15 dias. Dessa maneira, o profissional consegue recarregar suas baterias e ter um pouco de tranqüilidade para retornar ao trabalho com energia renovada, o que lava o aumento de sua produtividade.
Pode ter certeza de que tirar umas férias trazem benefícios enormes, entre eles o de estar se preparando para quando voltar a trabalhar; os ânimos vão estar totalmente renovados e então poderá enfrentar o seu emprego novamente.
Não perca a oportunidade de tirar férias, procure ficar longe do seu serviço e quando for embora, não leve as preocupações do trabalho junto com você, deixe que fiquem na empresa. As férias são feitas para aproveitar os melhores momentos da sua vida junto com a família. Não deixe que nada atrapalhe esse momento especial. Se puder vá para um lugar totalmente desconhecido onde ninguém do seu serviço possa encontrá-lo e perturbar você com assuntos que podem ser resolvidos depois.
Aproveite bem e Boas Férias!
(Alini R. Mantovani)