quarta-feira, 10 de março de 2010

SÃO JOSÉ

Tudo o que sabemos a respeito de São José vem das Escrituras. Por ser homem justo foi escolhido por Deus para guardar a virgindade Maria com quem se casou aos 30 anos . Era carpinteiro, trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55).
Apesar de seu humilde trabalho e suas condições simples, José era de linhagem real. Lucas e Mateus citam sua descendência de Davi, o maior rei de Israel ( Mt 1, 1-16 e Lc 3, 23-38 ). Realmente, o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como “filho de Davi,” um título real usado também para Jesus.
José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando soube que Maria estava grávida, ainda não tendo com ela de casado. sabendo que a criança não era dele, pois respeitava sua noiva, planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e sofrimento dela e do bebê.
José sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte. Então, ele decidiu deixá-la silenciosamente para não expor Maria a vergonha ou crueldade ( Mt 1,19-25 ).
José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa. José respeitava e temia a Deus. Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador. Cita o Evangelho de Lucas que, tendo se completado o tempo para Jesus nascer , surgiu um decreto que todos deveriam se recensear na cidade de origem. Sendo José da casa de Davi, foi com Maria para Belém, nascendo lá o Salvador. Quando o anjo de Deus reapareceu para lhe dizer que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e fugiu para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que era seguro retornar ( Mt 2, 13-23 ).
José não era rico: quando levou Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria para ser purificada, ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, o que era permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro ( Lc 2, 24).
José amava Jesus. Sua única preocupação era a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus, mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. Quando Jesus ficou no Templo, José, junto com Maria, procurou por Ele com grande ansiedade, por três dias ( Lc 2, 48 ).
José tratava a Jesus como seu próprio filho, tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, “Não é este o filho de José?” ( Lc 4, 22 )
Pelo fato das Escrituras não citarem José nos fatos da vida pública de Jesus, em sua morte e ressurreição, muitos historiadores acreditam que provavelmente deve ter morrido antes que Jesus iniciasse seu sacerdócio.
São José teve a mais bela morte, pois morreu com Jesus e Maria ao seu lado, maneira como todos nós gostaríamos de partir desta terra. Por isso José é o protetor da boa morte. José é também o patrono universal da Igreja, dos pais, dos carpinteiros , do trabalho e da justiça social.

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