No dia 10 de janeiro comemoramos liturgicamente o “Batismo de Jesus” no rio Jordão.
O Batismo de Jesus por João Batista é o ato inaugural do ministério de Jesus. Pode-se dizer que é a Epifania histórica do Senhor. Atraído pela mensagem de João Batista, Jesus abandona sua rotina de vida em Nazaré da Galiléia, procura o Batismo de João na região do além Jordão e começa a formar seu próprio discipulado para, a seguir, iniciar seu próprio ministério, assumindo elementos do anúncio de João Batista.
O Evangelho deste domingo apresenta o encontro entre Jesus e João Batista nas margens do Rio Jordão. Na circunstância, Jesus foi batizado por João.
João Batista foi o guia carismático de um movimento de cunho popular, que anunciava a proximidade do “juízo de Deus”. A sua mensagem estava centrada na urgência da conversão. Pois, na opinião de João, a intervenção definitiva de Deus na história, para destruir o mal, estava iminente e incluía um rito de purificação pela água.
A abertura do céu no momento do Batismo, significa a união da terra e do céu. A imagem inspira-se, provavelmente, em Is 63,19, onde o profeta pede a Deus que “abra os céus” e desça ao encontro do seu Povo, refazendo essa relação que o pecado do povo interrompeu. Desta forma, Mateus anuncia que a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens.
O símbolo da pomba não é imediatamente claro… Provavelmente, não se trata de uma alusão à pomba que Noé libertou e que retornou à arca (cf. Gn 8,8-12); é mais provável que a pomba (em certas tradições judaicas, símbolo do Espírito de Deus que, no início, pairava sobra as águas – cf. Gn 1,2) evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar.
Mas, quando começamos a refletir sobre o Batismo de Jesus, nos perguntamos: "Jesus precisava ser batizado?" “Ainda mais que o Batismo de João Batista era o da conversão?" Assim como podemos nos questionar: "Diante do sentido atual do Sacramento do Batismo, Jesus precisava passar por este ritual?" Jesus foi igual a nós em tudo, menos no pecado. Então não precisava nem do perdão nem da conversão. Jesus é o Filho Unigênito de Deus Pai. Por esta razão, não precisava ser mergulhado na água para se tornar Filho. Ele já veio a terra sendo Filho de Deus. Então, Ele não precisava ser batizado. E por que Ele se deixou batizar por João Batista no Jordão? Seguramente, ao nos aprofundarmos nesta reflexão muitas respostas surgirão. Mas, basicamente, podemos dizer que Jesus se deixou batizar para nos dar dois grandes ensinamentos. O primeiro é o da humildade e o segundo é o da necessidade.
Jesus, sendo Santo e Filho Unigênito de Deus Pai, passou pelo Batismo para nos deixar claro que o caminho do seguimento, – que leva ao Pai –, é o caminho da humildade e não o da arrogância ou o da prepotência. Com esta atitude de Cristo, nós aprendemos que ninguém é tão santo, que não tenha de se santificar; ninguém é tão sábio, que não tenha o que aprender; ninguém é tão rico, que não tenha algo para receber. A humildade de Jesus nos deixa admirados. Esta admiração precisa nos conduzir ao desejo de imitá-Lo. Por humildade, Jesus se deixou batizar. Seguindo os passos d'Ele, vivamos na humildade, pois é nela que percebemos as coisas do Alto. A Virgem Maria reafirma este ensinamento no Cântico do Magnificat: "O Senhor derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes" (Lc 1,52).
Jesus nos ensina – com a própria vida – a necessidade de mergulharmos na "água" do amor de Deus, para pertencermos à Família do Senhor. Sendo assim, é certo dizer que o Batismo é necessário para o cristão que quer seguir Jesus. É necessário porque por meio deste sacramento, recebemos a marca de Deus. E para sempre estaremos "assinalados" por Ele. É necessário, porque poderemos, em família, recorrer à misericórdia de Deus, nosso Pai. O Batismo é necessário, porque – com Cristo – nós passamos a pertencer para sempre a Deus. Pela graça do Batismo, nós recebemos a fé. E pela fé nós aprendemos e vivemos cada dia na certeza de que Jesus Cristo é a nossa esperança. Fora d'Ele não há felicidade verdadeira nem salvação eterna.
(Alini R. Mantovani)
O Batismo de Jesus por João Batista é o ato inaugural do ministério de Jesus. Pode-se dizer que é a Epifania histórica do Senhor. Atraído pela mensagem de João Batista, Jesus abandona sua rotina de vida em Nazaré da Galiléia, procura o Batismo de João na região do além Jordão e começa a formar seu próprio discipulado para, a seguir, iniciar seu próprio ministério, assumindo elementos do anúncio de João Batista.
O Evangelho deste domingo apresenta o encontro entre Jesus e João Batista nas margens do Rio Jordão. Na circunstância, Jesus foi batizado por João.
João Batista foi o guia carismático de um movimento de cunho popular, que anunciava a proximidade do “juízo de Deus”. A sua mensagem estava centrada na urgência da conversão. Pois, na opinião de João, a intervenção definitiva de Deus na história, para destruir o mal, estava iminente e incluía um rito de purificação pela água.
A abertura do céu no momento do Batismo, significa a união da terra e do céu. A imagem inspira-se, provavelmente, em Is 63,19, onde o profeta pede a Deus que “abra os céus” e desça ao encontro do seu Povo, refazendo essa relação que o pecado do povo interrompeu. Desta forma, Mateus anuncia que a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens.
O símbolo da pomba não é imediatamente claro… Provavelmente, não se trata de uma alusão à pomba que Noé libertou e que retornou à arca (cf. Gn 8,8-12); é mais provável que a pomba (em certas tradições judaicas, símbolo do Espírito de Deus que, no início, pairava sobra as águas – cf. Gn 1,2) evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar.
Mas, quando começamos a refletir sobre o Batismo de Jesus, nos perguntamos: "Jesus precisava ser batizado?" “Ainda mais que o Batismo de João Batista era o da conversão?" Assim como podemos nos questionar: "Diante do sentido atual do Sacramento do Batismo, Jesus precisava passar por este ritual?" Jesus foi igual a nós em tudo, menos no pecado. Então não precisava nem do perdão nem da conversão. Jesus é o Filho Unigênito de Deus Pai. Por esta razão, não precisava ser mergulhado na água para se tornar Filho. Ele já veio a terra sendo Filho de Deus. Então, Ele não precisava ser batizado. E por que Ele se deixou batizar por João Batista no Jordão? Seguramente, ao nos aprofundarmos nesta reflexão muitas respostas surgirão. Mas, basicamente, podemos dizer que Jesus se deixou batizar para nos dar dois grandes ensinamentos. O primeiro é o da humildade e o segundo é o da necessidade.
Jesus, sendo Santo e Filho Unigênito de Deus Pai, passou pelo Batismo para nos deixar claro que o caminho do seguimento, – que leva ao Pai –, é o caminho da humildade e não o da arrogância ou o da prepotência. Com esta atitude de Cristo, nós aprendemos que ninguém é tão santo, que não tenha de se santificar; ninguém é tão sábio, que não tenha o que aprender; ninguém é tão rico, que não tenha algo para receber. A humildade de Jesus nos deixa admirados. Esta admiração precisa nos conduzir ao desejo de imitá-Lo. Por humildade, Jesus se deixou batizar. Seguindo os passos d'Ele, vivamos na humildade, pois é nela que percebemos as coisas do Alto. A Virgem Maria reafirma este ensinamento no Cântico do Magnificat: "O Senhor derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes" (Lc 1,52).
Jesus nos ensina – com a própria vida – a necessidade de mergulharmos na "água" do amor de Deus, para pertencermos à Família do Senhor. Sendo assim, é certo dizer que o Batismo é necessário para o cristão que quer seguir Jesus. É necessário porque por meio deste sacramento, recebemos a marca de Deus. E para sempre estaremos "assinalados" por Ele. É necessário, porque poderemos, em família, recorrer à misericórdia de Deus, nosso Pai. O Batismo é necessário, porque – com Cristo – nós passamos a pertencer para sempre a Deus. Pela graça do Batismo, nós recebemos a fé. E pela fé nós aprendemos e vivemos cada dia na certeza de que Jesus Cristo é a nossa esperança. Fora d'Ele não há felicidade verdadeira nem salvação eterna.
(Alini R. Mantovani)
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