“Não há nada que se parece mais com um necrotério que um hospital. No lugar do mundo onde mais seria necessário muito amor e muito carinho há uma brancura, uma frieza, um cheiro de remédio que é feito para matar as pessoas, não para fazê-las viver...” Esse trecho, retirado do livro “Amores Possíveis”, de José Ângelo Gaiarsa, descreve o que muita gente sente quando precisa de serviços médicos.
As práticas de saúde são vistas como métodos extremamente técnicos e objetivos. Por causa disso, muitas vezes o relacionamento entre profissionais e pacientes fica prejudicado. Já está mais que provado que o ser humano consegue se reabilitar não apenas com remédios. O bem estar psicológico e mental é imprescindível para uma recuperação menos dolorosa e mais rápida.
No Brasil, o dia dos enfermos é comemorado no dia 14 de fevereiro. Mundialmente a data é comemorada no dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993. Que este dia sirva como momento de reflexão, sensibilização e mudança. Diante das condições impostas pelo mercado, onde cada dia precisamos correr mais e mais para mantermos os padrões, fazemos um alerta a todos os profissionais de saúde, tanto aqueles que estão diretamente ligados ao paciente, quanto aos que cuidam das questões administrativas; um alerta também aos familiares e amigos que estejam com alguém passando por alguma enfermidade; sejamos mais sensíveis, pacientes e amorosos com os nossos doentes.
O objetivo desta data é, sobretudo, sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermos, possibilitando assistência mais adequada. Essa atenção pode ser traduzida pela humanização para com nossos doentes.
No seu 18º ano, o dia mundial do enfermo é marcado pela mensagem do Papa Bento XVI, que diz:
...“Gostaria de retomar aqui a Mensagem aos pobres, aos doentes e a todos aqueles que sofrem, que os Padres conciliares dirigiram ao mundo, no encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II: "Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz – disseram eles – ...vós que chorais... vós, desconhecidos da dor, tende coragem, vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quiserdes, salvareis o mundo!”. Agradeço de coração às pessoas que, todos os dias, "desempenham o serviço em prol dos doentes e dos sofredores", fazendo com que "o apostolado da misericórdia de Deus, ao qual se dedicam, corresponda cada vez melhor às novas exigências”.
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